Quem não se lembra do Panda 4x4 de 1984? Todos os que o tiveram recordam, certamente, este modelo com um carinho especial. Pequeno, ágil, leve e com a tracção necessária para ir praticamente a todo o lado, este citadino com "fato macaco" tinha um apelo inegável.
Extinto durante alguns anos, chega agora o momento de a Fiat retomar o conceito com o Panda Cross. A mesma filosofia, mas com mais alguns "adereços" estéticos acrescidos a um Panda normal. Os pára-choques, os faróis com molduras quadradas, as protecções laterais e as barras no tejadilho são elementos que identificam esta versão. Importa esclarecer que já está à venda entre nós um Panda 4x4, menos exuberante que o Cross e sem o acréscimo de altura ao solo, em cerca de 11 mm.
O Panda Cross chega a Portugal em meados de Março deste ano e conta com argumentos para cativar uma clientela preferencialmente jovem, apesar do preço, ainda por definir, ter sempre a última palavra.
O sistema 4x4 conta com um acoplamento viscoso central, que permite ao Panda ser um tracção dianteira em condições normais, ou um quatro rodas motrizes, quando há perdas de aderência no eixo dianteiro. Para além disto, existe a possibilidade de bloqueio electrónico do diferencial, solução inédita num veículo deste segmento, para ajudar a progredir em terrenos mais teimosos.
É que, apesar de não ser propriamente um todo-o-terreno, o Panda Cross não teme terrenos adversos. O baixo peso e as dimensões reduzidas são trunfos nestas situações e, com outros pneus, pode fazer melhor figura. Isto porque os ângulos de ataque (24º), ventral (24º) e de saída (42º), bem como a capacidade de lidar com pendentes a 55%, jogam a favor do Panda... e dos surfistas, alpinistas, ciclistas, ou outros que se incluam no tipo de clientes que a Fiat pretende conquistar.
A contribuir para a desenvoltura deste mini SUV está o motor Diesel 1.3 Multijet de 70 cv que cumpre bem os requisitos, tanto em estrada, como em incursões mais aventureiras. Segundo o construtor, o Panda cumpre os 0-100 km/h em 18 segundos e anuncia 150 km/h de velocidade máxima, o que é justo face aos 1090 kg que apresenta na balança e a uma aerodinâmica naturalmente prejudicada. Mesmo assim não deixa de oferecer, segundo a marca, um consumo combinado de 5,3 litros por cada 100 km efectuados.
Sabendo bem o tipo de clientes que pretende conquistar, o Panda Cross tem uma oferta variada de cores, na qual se inclui um laranja, para quem gosta de tonalidades mais alegres, num país em que o preto e o prata são quase uma religião.
No interior, o espaço corresponde às dimensões exteriores, a lotação é de quatro passageiros, e a concepção da consola acompanha o espírito irreverente da indumentária deste Panda.
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Suspensão F/T | Independente, tipo McPherson, mola helicoidal, barra estabilizadora |
Travões F/T | Discos ventilados (257 mm)/Discos (240 mm) |
Direcção | Cremalheira |
Jantes-Pneus F/T | 175/65 R15 |
Tracção | Total |
Caixa de Velocidades | Manual, 5 velocidades |
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