O lançamento do Versa representa mais do que a estreia da Nissan no segmento de sedãs compactos. Com ele, a marca quer passar de mera espectadora a concorrente de peso no mercado nacional. A primeira etapa desta ofensiva se deu com a chegada do March, anunciado como o primeiro popular vendido por uma marca japonesa no Brasil. Agora é a vez do Versa mostrar que não veio para cá a passeio.
Assim como a maioria dos modelos da Nissan, o Versa aposta na boa relação custo/benefício. Por 35.490 reais, a versão 1.6 S do sedã oferece airbag duplo, travas elétricas, direção elétrica progressiva e computador de bordo, equipamentos que a concorrência vende apenas como opcionais. Some a este pacote um interior com acabamento na média de sua categoria e um generoso espaço interno, maior até que o Renault Logan. Quem se senta atrás viaja melhor que em muito sedã médio por aí...
A configuração topo-de-linha é a 1.6 SL, que oferece todos os itens da SV e agrega freios com sistema anti-travamento (ABS), distribuição eletrônica de frenagem (EBD) e assistência de frenagem (BA), rodas de liga leve de 15 polegadas, maçanetas internas com acabamento cromado e faróis de neblina. O valor pedido é de 42.990 reais.
Mas se o Versa empolga quem valoriza o conteúdo do carro, os clientes que buscam um visual moderno podem se decepcionar. O design cheio de vincos e contornos arredondados divide opiniões. O desenho da traseira, com direito a lanternas espichadas em direção às laterais, é provavelmente a parte mais marcante do Versa.
Debaixo do capô, o Versa guarda um motor 1.6 flex de 16 válvulas e tecnologias como tempo de abertura variável das válvulas. São 111 cv e torque máximo de 15,1 mkgf a 4000 rpm. Segundo números divulgados pela Nissan, o sedã vai de 0 a 100 km/h em 10,7 segundos com etanol no tanque e 11,1 segundos quando abastecido com gasolina. A velocidade máxima é de 189 km/h.
Com garantia de três anos sem limite de quilometragem e a promessa de revisões com custo abaixo da concorrência, o Versa vai bater de frente com Fiat Siena, Renault Logan e Volkswagen Voyage, além do futuro Chevrolet Cobalt - que chega ao mercado em novembro. Resta saber se o mercado vai receber este novo imigrante de braços abertos.
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