sábado, 31 de dezembro de 2011

Confira alguns lançamentos para 2012


As ruas estarão repletas de novidades em 2012. Não há dados oficiais, mas nos bastidores do setor automotivo estima-se que o número de novos modelos e reestilizações ultrapasse a casa dos 70 lançamentos. Só a GM deve apresentar sete novos modelos. O primeiro carro a ser apresentado em 2012, no início de janeiro, será o Ford EcoSport, que no entanto só chega ao mercado em meados de maio – já em março será a vez da nova Ranger.
Também em janeiro chega a nova geração do Honda Civic e, em abril, o novo CR-V. No primeiro trimestre, a Audi apresenta o crossover Q3, a Chevrolet a nova S-10 e, a Fiat, o novo Siena. Ao longo do ano, a Fiat também reestilizará o Punto, enquanto a Citroën apresentará o novo C3. Já a Volkswagen promete o Silver Fox e o Black Fox, reestilizando também Gol e Voyage. Por fim, a Hyundai apresentará o novo i30.
Confira, a seguir, alguns dos principais lançamentos para 2012
Hyundai i30 - A nova geração do Hyundai i30 já foi apresentada no Salão de Frankfurt e deve estrear no Brasil no segundo semestre de 2012. O visual terá linhas agressivas, com características semelhantes aos irmãos Sonata, Elantra e novo Azera

Hyundai compacto - Um compacto popular feito pela Hyundai para concorrer com Gol e Palio começará a ser produzido em novembro de 2012 na fábrica que está sendo construída em Piracicaba, interior de São Paulo, com capacidade para 150 mil veículos por ano. O carro ainda não tem nome definido e é tratado como projeto HB, devendo ser comercializado com motorizações 1.0 e 1.6
Nova Ranger - A nova geração da Ford Ranger, produto global que será vendido em 180 países, será lançada no Brasil em meados de março ou abril, quando chegará às concessionárias. O veículo já foi apresentado em vários salões. Entre as opções de motorização, destaque para o Duratorq TDCi 2.2, o menor da nova família de propulsores a diesel da marca, com potência de 127 cv e torque de 33,6 kgfm, que trabalha em conjunto com um câmbio manual. Para alguns mercados mundiais, haverá a opção de transmissão automática de seis velocidades
Novo EcoSport - Em um segmento cada vez mais concorrido, principalmente após a chegada do Renault Duster, a Ford prepara o novo EcoSport para meados de maio com motores 1.6 e 2.0. Em janeiro, aposta-se que será apresentado à imprensa brasileira e, ao mesmo tempo, no salão da Índia. Montado sobre a plataforma do New Fiesta, terá design arrojado, como revela a única imagem oficial divulgada (abaixo). Projetado no Brasil, será fabricado também em outros mercados

Picape Chevrolet - Uma nova picape Chevrolet chegará ao mercado em 2012, ao que tudo indica no primeiro trimestre, em meados de fevereiro ou março. O novo veículo não necessariamente aposentará a campeã de vendas S-10, com quem poderá conviver como uma picape de segmento superior. O visual será inspirado na Colorado Rally, apresentada em junho passado na Argentina, e na Colorado feita na Tailândia 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Os melhores carros para comprar em 2011

Renault Fluence

São Paulo - O carro escolhido pela revista Quatro Rodas como a melhor compra de 2011 não é nenhum best-seller das concessionárias brasileiras nem uma supermáquina esportiva. Quem faturou o prêmio foi o Renault Fluence (foto), que convenceu a revista com design, rendimento e preço de combate. Foi o quarto ano consecutivo que um modelo da montadora francesa levou o título. O Fluence 2.0 16V flex custa de 60.000 a 76.900 reais, dependendo da versão, e já vem equipado com ar-condicionado, vidros e travas elétricas, direção hidráulica e freios ABS. O Fluence Privilege inclui ainda câmbio automático. Para elaborar a lista das melhores compras do Brasil apresentada nas próximas páginas, os jornalistas da revista Quatro Rodas avaliaram diversos quesitos, como preço, índice de desvalorização, valor de seguro, gastos com manutenção, índice de satisfação com a rede autorizada e equipamentos de série.


VW Jetta

O mais indicado para seu bolso

Como nos anos anteriores, a Quatro Rodas elegeu os melhores carros em oito faixas de preço como forma de orientar leitores com qualquer tamanho de bolso. Para quem deseja gastar até 26.000 reais, o Fiat Mille foi novamente o campeão. A melhor compra na faixa de 26.000 a 30.000 reais é o Renault Logan. Quem planeja gastar entre 30.000 e 35.000 reais ganha se optar pelo Renault Sandero Expression. Já o chinês JAC J3, que chegou ao Brasil neste ano, foi o escolhido na faixa entre 35.000 e 40.000 reais. Na categoria entre 40.000 e 50.000 reais, o escolhido foi o Chevrolet Agile LTZ, a versão topo-de-linha do modelo. O preferido dos jornalistas da revista entre todos os carros de 50.000 a 60.000 reais foi o Honda City LX 1.5. Na faixa de preços imediatamente superior, que vai de 60.000 a 70.000 reais, o Renault Fluence Dynamique se deu melhor. Por último, quem está disposto a gastar mais de 70.000 reais para levar um carro novo faz um bom negócio se escolher o Volkswagen Jetta Highline (foto).

Kia Cadenza

Os melhores sedãs

Os sedãs tradicionalmente são carros que agradam empresários e executivos ao garantirem muito conforto para motorista e passageiros. A Quatro Rodas escolheu três veículos como as melhores compras de 2011. Na faixa que vai de 100.000 a 170.000 reais, o premiado foi o Kia Cadenza (foto) com motor 3.5 V6 de 290 cavalos de potência. Importado da Coreia do Sul, o carro custa 119.900 reais. Já quem planeja gastar entre 170.000 e 300.000 reais faz a melhor escolha se optar pelo Mercedes E 350 Avantgarte. Com motor de 204 cavalos, o veículo, importado da Alemanha, sai por 274.000 reais. Outro carro da montadora alemã sagrou-se bicampeão entre os sedãs de mais de 300.000 reais. O Mercedes E 500 Avantgarde é equipado com um motor 5.5 V8 de 388 cavalos. Trazido da Alemanha, custa 420.000 reais.
Porsche Cayenne

Os SUVs consagrados

Os SUVs caíram no gosto dos brasileiros. Com porte, altura e visual agressivo, esses carros são cada dia mais comuns nas grandes cidades. A Quatro Rodaspremiou três automóveis nesse segmento. Entre os SUVs leves, o escolhido foi o Kia Sportage 4x2 2.0 16V. Com 166 cavalos, o carro sul-coreano custa 83.900 reais. Na categoria de SUVs de luxo, o escolhido foi o Volvo XC60 Comfort, o mesmo campeão do ano passado. Com motor 2.0 turbo de 240 cavalos e câmbio automático, o carro trazido da Bélgica chega ao Brasil com preço de 119.900 reais. Já o Porsche Cayenne S 4.8 V8 (foto) venceu na categoria de SUVs de alto luxo. Com motor de 400 cavalos, o carro produzido na Alemanha não é para qualquer um: custa 379.000 reais.
Audi TT

Os conversíveis recomendados

Ainda bem mais raros que nos Estados Unidos ou na Europa, os conversíveis costumam ser evitados por muitos brasileiros devido ao temor de violência. O charme da categoria, entretanto, ainda é irresistível para muitos fãs. É para essas pessoas que a Quatro Rodas indica três conversíveis. Na categoria até 200.000 reais, o vencedor foi o Mini Cooper Cabrio S, com câmbio automático. O conversível de entrada custa 137.950 reais e é trazido da Inglaterra. Quem tem um pouco mais de dinheiro para gastar deve escolher o Audi TT Roadster 2.0 TFSI (foto), que custa 211.250 reais. Segundo a Quatro Rodas, essa é a melhor compra entre os conversíveis de 200.000 a 400.000 reais. Já os compradores que podem gastar ainda mais do que isso deveriam escolher o Aston Martin V8 Vantage Roadster. O conversível é o carro de entrada da montadora inglesa no Brasil, mas custa nada menos do que 600.000 reais.
Chevrolet Camaro

Esportivos e compactos de luxo

Se a pedida são os carros que combinam uma boa gama de acessórios com estilo e potência, os eleitos da Quatro Rodas se dividem em várias categorias. Entre os esportivos nacionais, o destaque ficou por conta do bicampeão Honda Civic Si, de 103.650 reais. Os entusiasmados com o título devem se lembrar, no entanto, que o veículo deixará de ser produzido a partir do ano que vem. Quem levou a melhor entre os esportivos importados foi o Camaro (foto), da Chevrolet, que chegou oficialmente ao país depois do Salão do Automóvel do ano passado. Por 185.000 reais, o carro vai de 0 a 100 km/h em apenas 5,6 segundos. Quem estiver disposto a gastar mais dinheiro para colocar um carrão na garagem pode optar pelo Porsche Panamera (737.765 reais), o vencedor entre os superesportivos de quatro lugares, ou o Mercerdes SLS AMG (765.590 reais), escolhido entre os cupês de luxo. Entre os compactos com design arrojado e completos pacotes de série, Audi A3 (126.266 reais) e Mini Cooper 1.6 (69.780 reais) foram os escolhidos da revista - o primeiro na categoria de hatches importados e o segundo entre os chamados "compactos de imagem".




quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

MERCEDES-BENZ SL 2013

Mercedes-Benz SL

O SLS AMG é a menina dos olhos da Mercedes-Benz. Além de ser o modelo mais rápido da marca, nos útlimos anos o superesportivo virou objeto de inspiração para a equipe de designers, que reproduz suas linhas esguias em diversos modelos. Desde o pacato Classe B até o estiloso CLS, todos têm um "quê" de SLS. E não é que até o Classe SL resolveu entrar na onda? 

O conversível mais requintado da marca parece um SLK em ‘tamanho família’. Ou um mini-SLS, se preferir. A frente tem traços muitos parecidos com o esportivo da AMG, inclusive em detalhes como o formato da grade dianteira e o desenho das tomadas de ar. O longo capô tem duas saídas de ventilação com função prática e vincos que deixam o SL com visual ainda mais imponente. Na parte de trás, vale destacar as lanternas com LEDs e a saída dupla de escapamento. 

Como na geração anterior, o SL oferece capota rígida, mas possui uma estrutura de magnésio que a deixa seis quilos mais leve que em seu antecessor. Pode não parecer muita coisa, mas a Mercedes garante que o "regime" ajuda a diminuir o centro de gravidade do carro. Se o comprador quiser, ele pode equipar o SL com um teto de vidro eletrocrômico (que muda de cor de acordo com a incidência da luz solar, podendo escurecer ou clarear a cabine), batizado de Magic Sky Control. 

A inspiração no SLS também aparece no interior, que usa materiais nobres no acabamento, como couro e apliques em madeira e alumínio. Vale a pena ressaltar o belo trabalho executado pela Mercedes-Benz na ergonomia dos comandos, que foram posicionados ao alcance das mãos de quem dirige. O engenhoso sistema de som conta até com alto-falantes próximos às caixas de roda do veículo, criando um efeito sonoro que tenta reproduzir a qualidade do som de uma sala de concertos. 

Por enquanto, o novo SL terá duas opções de motorização: a versão de entrada tem um motor 3.5 V6, que entrega 302 cv e faz o conversível ir de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos. A opção mais luxuosa é a SL500, que usa um motor 4.7 biturbo V8 com 435 cv e torque máximo de 71,2 mkgf. São necessários apenas 4,6 segundos para o SL cumprir a prova de 0 a 100 km/h. Ambas as versões contam com carroceria feita de alumínio reforçado, que melhora a rigidez torcional da carroceria em até 20%, segundo informa a própria Mercedes.


ir para Mercedes SL

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

FIAT PANDA

Fiat Panda

Panda e Uno sempre foram mais que irmãos de sangue na "famiglia" Fiat. Os dois compactos chegaram às ruas nos anos 80 e sempre foram muito parecidos entre si, já que ambos foram desenhados pelo estúdio Giugiaro. O tempo passou e os irmãos tomaram rumos diferentes: enquanto o Uno tinha uma vida de rei no Brasil, o Panda sofria com a concorrência dos modelos urbanos no Velho Continente. Mas não é que o parente europeu resolveu seguir os passos de seu irmão brasileiro? 

É claro que os italianos não vão admitir, mas fica clara a inspiração no Uno brasileiro. O popular começou a ser produzido em Betim (MG) no ano de 2010, enquanto o Panda só agora chega ao mercado europeu. O conceito "round square" do Uno se repete no Panda. Dá para notar as semelhanças entre os dois de qualquer ângulo que se olhe: o desenho da tomada de ar frontal, o teto alto e as lanternas na coluna "C" são apenas alguns dos elementos que aproximam os compactos. 

O aproveitamento de espaço é um dos pontos altos do Panda. Esta característica pode ser notada quando se entra na cabine, que acomoda até cinco pessoas com relativo conforto para um veículo que tem apenas 3,65 metros de comprimento. O interior, aliás, é uma das poucas partes do Panda que se distanciam do Uno. Os plásticos usados no acabamento têm qualidade bastante superior e as linhas do painel são mais elegantes. Os elementos quadrados marcam presença até nos comandos do ar-condicionado. 

O Panda será oferecido com quatro opções de motorização, todas com apelo sustentável: 0.9 TwinAir aspirado, com 65 cv; 0.9 TwinAir Turbo (vencedor do prêmio ‘Motor Internacional do Ano 2011’), que rende 85 cv; 1.2 Fire a gasolina, com 69 cv; e o 1.3 Multijet II, com 75 cv e sistema start-stop de série. Nos próximos meses, o compacto vai ganhar os motores 0.9 TwinAir Turbo Natural Power, movido a gasolina e metano, e o 1.2 Easypower, que pode usar gasolina ou gás liquefeito de petróleo. A transmissão Dualogic também está nos planos.


ir para Fiat Panda

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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

TOYOTA HILUX

Toyota Hilux

Reestilizações sutis não são privilégio apenas dos brasileiros. É o que prova a Toyota européia, que revelou a linha 2009 da Hilux, um dos maiores sucessos de venda da marca ao lado do Corolla. Segundo a fabricante, a picape contabiliza mais de 1,2 milhão de unidades comercializadas no mundo. 
De modo geral, as alterações se resumem na dianteira. A grade sofreu uma leve atualizada, com a divisão da peça em duas partes. Com a adição de uma nova seção inferior, a barra horizontal que ostentava o símbolo da Toyota na geração anterior foi abandonada. O pára-choque também apresenta um visual renovado, formando um visual mais robusto graças às entradas de ar mais largas e pronunciadas. 

Mas se por um lado a marca optou por mudar o visual da frente, o mesmo não se pode dizer da lateral e da traseira da Hilux, praticamente idênticas ao modelo vendido em outros mercados – inclusive no Brasil. A única alteração fica por conta das rodas de liga leve com um novo desenho. 

A discrição continua na parte interna do utilitário. O volante, que agora incorpora os controles de áudio, e as padronagens de tecido utilizadas nos bancos e revestimentos laterais compõem o pacote de mudanças. 

Segundo o fabricante, a Hilux será oferecida nas motorizações 2.5, que desenvolve 120 cv , e 3.0, com 171 cv, ambos abastecidos com diesel. Com tração dianteira ou integral e opções de câmbio manual ou automático, a picape conta com as carrocerias de cabine simples ou dupla. A Toyota espera comercializar 47 mil unidades em 2009.






segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

HYUNDAI SANTA FE GLS V6

Hyundai Santa Fe GLS V6


O porte avantajado camufla o poder de fogo do Santa Fe 2011. Perfeitamente domável quando conduzido com o pé leve sobre o acelerador, o SUV vira bicho quando provocado. Violento nas arrancadas e surpreendentemente rápido nas retomadas, o Santa Fe agora consegue empolgar motoristas e pilotos.

A explicação para tamanha melhora – o modelo anterior não era tão vigoroso – está no novo conjunto mecânico. O motor continua um V6, mas a cilindrada saltou de 2,7 para 3,5 litros. A potência, lógico, também está maior: 285 cv, ante 200 cv. Moderno, o V6 pertence à família Lambda II e tem bloco, cárter e cabeçote de alumínio, além de duplo comando de válvulas com variador de fase na admissão e escape. O funcionamento suave, aliado a um bom tratamento à base de materiais isolantes, garante conforto acústico na cabine em qualquer rotação.

Mas é preciso fazer justiça: o novo câmbio de seis marchas com opção de trocas sequenciais na alavanca também colabora (e muito) para o bom desempenho do Santa Fe. Tão silencioso quanto o V6 que administra, oferece mudanças suaves, quase imperceptíveis numa tocada serena. As suspensões foram ligeiramente recalibradas e continuam macias. O modelo avaliado apresentou ruído abafado na dianteira ao rodar sobre piso acidentado. Pode até se tratar de um problema isolado, mas era incômodo. Esteticamente, as mudanças foram contidas. A carroceria retocada na dianteira mostra grade, faróis e para-choque redesenhados. Alterações sutis, mas suficientes para temperar com ar de novidade um visual que nunca foi lá muito atraente.

Os preços do novo Santa Fe iniciam em 107 000 reais e chegam até 125 000 reais. A diferença se explica pelos equipamentos extras da versão topo de linha: dois bancos escamoteáveis no porta-malas, teto solar elétrico, câmera de ré com tela camuflada no retrovisor interno, airbags tipo cortina, revestimento interno de couro e sistema keyless (que dispensa a introdução da chave para partida do motor e abertura e fechamento de portas).


VEREDICTO 
Atualizado, forte e bem equipado, o Santa Fe tem inimigos dentro de casa. Abaixo, o ix35, hit do momento; acima, o Veracruz, maior mas não tão atual. O visual é o ponto de desequilíbrio dessa briga.


Motor: dianteiro, longitudinal, V6, 24V
Cilindrada: 3 500 cm3
Potência: 285 cv
Torque: 34,1 mkgf
Câmbio: automático, 6 marchas, tração 4x4
Dimensões: comprimento, 468 cm; largura, 189 cm; altura, 180 cm; entre-eixos, 270 cm
Equipamentos: bancos de couro, câmara de ré, ar-condicionado digital bizona, rodas de liga leve, airbags frontais e laterais





domingo, 18 de dezembro de 2011

HYUNDAI TUCSON GLS 2.7

Hyundai Tucson GLS 2.7

Enquanto as marcas americanas vêem sua participação encolher em seu próprio mercado, as asiáticas comemoram sucessivos gols no campo do adversário. Depois das japonesas, são as coreanas que mais incomodam. Um dos modelos que vêm agradando a torcida nos Estados Unidos é o Hyundai Tucson. Ironicamente, trata-se de um utilitário esportivo, uma invenção americana. O êxito do Tucson se deve em grande parte ao preço atraente. Lá, ele custa entre 18000 e 23000 dólares, enquanto um concorrente como o Ford Escape vai de 19000 a 29000 dólares. Lançado no Salão de Chicago de 2004, o Tucson chegou ao Brasil em 2005. Aqui ele é oferecido em duas versões, 2.0 Diesel manual ou automática e 2.7 V6 GLS automática (com dois pacotes de equipamentos), e seu preço varia de 79500 reais a 128000 reais. Considerando-se que uma Blazer Executive 2.8 4x4 diesel, básica, custa 122639 reais, ele tem uma ótima relação custo-benefício.

Silêncio a bordo 
Não é só no preço que o Tucson é uma opção de compra interessante. Ele tem várias qualidades para agradar o consumidor. A versão mostrada aqui é a top de linha 2.7 V6, que vem completa. Seu acabamento é superior ao de muitos utilitários esportivos de luxo, como o Grand Cherokee, por exemplo. O painel é de material flexível, imitando couro, o console central é de alumínio e os bancos de couro sintético. Os mais exigentes poderão dizer que faltam ao Tucson sensores de estacionamento e de chuva. Mas, com exceção desses itens e de outros ainda muito caros, como cruise-control ativo ou suspensão inteligente, ele conta com recursos nem sempre reunidos em modelos de seu segmento. Ele traz como itens de série desde airbags frontais e laterais até freios ABS, com EBD e controle de tração. O ar-condicionado é digital e o câmbio automático tem a opção das trocas manuais. A tração 4x4 permanente tem bloqueio eletrônico da caixa de transferência.

Outra indicação de que o Tucson tem sofisticação acima da média é o nível de silêncio a bordo. A 80 km/h medimos 58,4 decibéis na cabine (dBA), ao passo que um modelo de luxo como o recém-lançado Vectra 2.0 automático, testado por nós na edição de novembro, registrou 60,4 dBA. Mas o mais curioso é observar o funcionamento de alguns dispositivos cujo ruído não é medido em nosso teste. Com exceção do limpador do pára-brisa, que é barulhento como o de um carro popular, todos os demais sistemas são discretos como em um sedã de luxo, da categoria de um Mercedes ou BMW.

A abertura e o fechamento das portas via controle remoto é quase inaudível. Os vidros elétricos sobem com o mínimo ruído e até a gravação das memórias de estações de rádio é discreta. O ar-condicionado, se a ventilação estiver em velocidades mais altas, incomoda. Mas para isso os coreanos têm a desculpa de atender ao consumidor americano, o qual, se não ouvir o ventilador, pensa que o sistema não está funcionando (quem me disse isso não foi ninguém da Hyundai tentando me convencer das virtudes do carro, mas um técnico de outra fábrica especializado no assunto).

Sem fazer alarde, o motor 2.7 V6 do Tucson mostra boas credenciais. Tem bloco de alumínio, cabeçotes multiválvulas e comandos de válvulas e coletores de admissão variáveis. Ele gera 175 cavalos de potência e 24,6 mkgf de torque. Como o Tucson pesa 1690 quilos, tem tração 4x4 permanente e câmbio automático, suas reações ficam prejudicadas no trânsito, o que também se verificou na pista de testes. Nas provas de aceleração, ele fez o tempo de 12,6 segundos. Esse desempenho é comparável ao de um Toyota Corolla 1.8 Xei, que, em nossa edição de novembro, acelerou em 12,7 segundos. 

O comportamento dinâmico, avaliado no trânsito, na pista de teste e em estrada de terra, agradou. A direção é precisa e a suspensão atua com suavidade. Nas curvas a carroceria inclina, como todo utilitário esportivo. A rigidez da carroceria parece adequada. No uso diário a estrutura se mantém firme, sem fazer aqueles estalos típicos de torção ao encontrar algum desnível.

Não foi apenas por seus lindos faróis de policarbonato que o Tucson conquistou o maior e mais exigente mercado do mundo. No Tucson, a Hyundai ampliou as qualidades que os consumidores haviam aprovado no Santa Fe, outro utilitário, maior que o Tucson, que teve um sucesso surpreendente quando desembarcou nos Estados Unidos em 2001. As marcas americanas que se cuidem, porque a segunda geração do Santa Fe está quase pronta. A estréia está prevista para o segundo semestre de 2006, já como linha 2007

Completo
R$ 128000
Com preço de carro nacional e equipamentos de importado, o Tucson tem garantia de quatro anos - a maior do mercado.
vale mais
Nos Estados Unidos os descontos fazem parte da política das fábricas. Uma boa medida de aceitação dos carros é o valor desse incentivo. Segundo o jornal especializado Automotive News, em novembro, modelos como Jeep Grand Cherokee e Chevrolet Trail Blazer estavam com bônus de até 4500 dólares, enquanto o Hyundai Tucson não tinha mais que 1000 dólares de "choro" nas versões 2005.


Ficha técnica

Bolso
Segundo o Grupo CAOA, que é representante da Hyundai no Brasil, até meados de 2006, a rede de concessionárias vai chegar a 80 pontos em todo o Brasil

Preço do carro básicoR$ 128.000
Garantia4 anos sem limite de km
Número de concessionárias41
Consumo cidade/estrada (km/l)6,9 / 10,1
Tanque de combustível/autonomia (l)/(volts)58 / 585
Conforto
O banco do motorista tem ajuste lombar e de altura (com controle da inclinação do assento) e ainda descansa-braço que também é regulável em altura

Ar-condicionado/direção hidráulicas / s
Rodas de liga leve/pintura metálicas / s
CD player/brake-lights / s
Vidros / travas elétricass / s
Espelhos/teto solar elétricos / s
Aerofólio/spoiler/saias laterais- / - / -
Pára-choques/retrovisores da cor do veículo- / -
Parktronic/piloto automático- / s
Limpador/lavador/desembaçador traseiros / s / s
Direção regulável (altura/profundidade)s / -
Segurança
ABS/BAS/EBDs / - / s
Controle de tração/estabilidades / -
Airbags (frontais/laterais/cabeça)s / s / s
Alarme/imobilizador/controle de abertura- / s / s
Desempenho
O Tucson parou com equilíbrio e suavidade. Sua desaceleração foi progressiva e os espaços de frenagem, curtos

0-100 km/h (s)12,6
0-1000m (s)34,2
3a 40 a 80 km/h (s)5,5
4a 60 a 100 km/h (s)7,3
5a 80 a 120 km/h (s)9,5
Velocidade máxima (km/h)180
Frenagem 120/80/60 km/h a 0 (m)65,6 / 28,1 / 15,9
Ruído interno PM/RPM máx (dB)39,8 / 61,8
Ruído interno 80/120 km/h (dB)58,4 / 64,5
Velocidade real a 100 km/h (km/h)96,0
Ficha técnica
Motor/posiçãodianteiro / transversal
Construção/cilindrada (cm3)V6 / 2968
Diâmetro/curso (mm)86,7 / 75
Taxa de compressão10:1
Potência (cv a rpm)175 a 6000
Torque (mkgf a rpm)24,1 a 4000
Câmbio (tipo/marchas/tração)automático / 4 / 4x4
Direção (tipo/nº voltas)hidráulica progressiva / 3 voltas
Suspensão dianteiraindependente tipo MacPherson
Suspensão traseiraindependente tipo dual-link
Freios (tipo/dianteiro/traseiro)hidráulico / disco ventilado / disco
Pneus235/60 R16
Dimensões
Comprimento/entreeixos (cm)432 / 263
Altura/largura (cm)173 / 183
Porta-malas (litros)644
Peso (kg)1690
Peso/potência total (kg/cv)9,6
Peso/torque total (kg/mkgf)70,1
Diâmetro de giro (m)10,8
condições do teste
TTemperatura: 28,5 ºC
Pressão atmosférica: 756 mmHg
Altitude: 660 m
Umidade relativa: 48%
Notas finais
Suspensão bom
Ao volante muito bom
Carroceria muito bom
Powertrain muito bom 
Mercado muito bom

TOTAL muito bom
veredicto
O Tucson surpreende positivamente pelo nível de acabamento e de equipamentos. Seu preço o torna competitivo mesmo diante de modelos nacionais, e a garantia de quatro anos é a mais longa do mercado. No que diz respeito ao desempenho, seu motor desenvolve melhor na estrada, depois que o carro embala. No trânsito, ele tem desempenho mediano.
Os rivais
Kia Sportage 2.7 4x4 Entre os importados, o concorrente mais direto é o Sportage, que é produzido pela Kia, marca do grupo da Hyundai. Não por acaso, os dois são muito semelhantes. O Sportage básico chega ao Brasil por 124990 reais.

Chevrolet Blazer Executive Dos SUV nacionais, a Blazer é a que mais se aproxima do Tucson no que diz respeito ao preço. Custa 122639 reais. Mas há também os Toyota Hilux SW e Nissan Xterra, que disputam o mesmo consumidor.





sábado, 17 de dezembro de 2011

Mercedes-Benz deve lançar crossover GLS



A Mercedes-Benz estaria preparando o lançamento de um novo modelo para concorrer com o BMW X6, que teria o nome de GLS.
Segundo informações do site da revista Autocar, o crossover de quatro lugares tem lançamento agendado para 2014 e usará a mesma plataforma da nova geração do Classe M. Uma fonte ligada à montadora teria afirmado que “após realizarmos vários estudos de mercado, concluímos que há potencial para um novo modelo off-road com mais ênfase na esportividade que o Classe M”.
Com o espaço e o conforto do utilitário esportivo e o design agressivo do CLS, a Mercedes-Benz pretende criar um rival à altura do X6, que caiu nas graças dos compradores de SUVs. Desde seu lançamento, em 2009, o modelo já vendeu 120 mil unidades pelo mundo. Além do BMW, o futuro GLS deve enfrentar a concorrência do Audi Q6, que, segundo a Autocar, será lançado em 2016.
O GLS deve ter uma versão híbrida movida a diesel e uma versão preparada pela AMG para rivalizar com o X6 M. O futuro lançamento da empresa seria produzido na planta de Tuscaloosa, no estado norte-americano do Alabama.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Maserati apresenta Granturismo S com pacote esportivo



A Maserati apresentou o Sport Pack do Granturismo S automático. Dentre as mudanças promovidas na nova versão do modelo está um sistema de som mais potente e um software MC Auto Shift ainda mais veloz no câmbio.

Externamente, o esportivo ganhou detalhes na cor Grigio Mercury Neptune, com saias laterias na cor do veículo, além de uma nova grelha preta, que confere mais agressividade ao carro. O logotipo da marca também ganhou detalhes em vermelho. 

Em termos de motorização, o Granturismo S segue igual, com propulsor 4.7 l, V8, que desenvolve 434 cavalos de potência. 

Com o pacote esportivo, o modelo tem um acréscimo de 3.840 libras em seu preço, que agora é de 92.480 libras (cerca de R$ 236 mil).

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vw Golf 2.0 Plus

5º VW Golf 2.0 Plus

A VOLKSWAGEN REDUZIU O PREÇO DAS VERSÕES 2.0 PARA DEIXÁ-LAS MAIS ATRAENTES - R$ 54 590


Enão é que a Volkswagen mexeu de novo no Golf? Depois da recente reestilização, ele acaba de ganhar um câmbio Tiptonic de seis marchas. E o que é que isso tem a ver com a versão manual que estamos comparando aqui? É que, com a chegada do tal câmbio, a marca realinhou os preços das versões 2.0. Traduzindo, baixaram os preços. Até o mês passado, este Golf custava 56 600 reais. Agora ele ficou 2 010 reais mais barato e sai por 54 590 reais, um valor em linha com o da concorrência. O preço é bom, mas a versão Plus perde em equipamento. Ela não traz o duplo airbag de série, item disponível em todos os seus rivais e que vai acrescentrar mais 2 100 reais na hora de assinar o cheque.
A diferença não seria suficiente para deixar o Golf nesta última colocação. Mas o fato de a Volkswagen estar com o lançamento da versão 2.0 bicombustível prevista para o começo do ano que vem coloca um ponto de interrogação no negócio. Você compra agora e tem uma versão fora de linha em pouco mais de seis meses. Vai encarar?
A diferença não seria suficiente para deixar o Golf nesta última colocação. Mas o fato de a Volkswagen estar com o lançamento da versão 2.0 bicombustível prevista para o começo do ano que vem coloca um ponto de interrogação no negócio. Você compra agora e tem uma versão fora de linha em pouco mais de seis meses. Vai encarar?
No interior, os tradicionais bom acabamento, qualidade de construção e espaço interno menos generoso. Com 2,51 metros de entreeixos - 10 centímetros a menos que um Focus -, os joelhos de quem vai atrás não têm muita folga. Mas para quem vai na frente, atrás do volante, sobra prazer. Ao lado do Focus, o Golf divide o título de campeão em dirigibilidade. E não me refiro apenas ao segmento dos hatches médios. Mas isso está longe de ser uma novidade, assim como o alto valor do seu seguro, cerca de 30% maior que o dos rivais.

GOLF
DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO
Acompanha o Focus no acerto de suspensão. Por ter ABS opcional, freou melhor que ele.
★★★★★
MOTOR E CÂMBIO
O câmbio tem relações acertadas e engates precisos. Quem segura o desempenho é o motor 2.0 de 116 cv.
★★★
CARROCERIA
O polêmico visual do Golf ainda consegue ser mais moderno que o do Focus. O acabamento é de qualidade superior, tanto na manufatura quanto nos materiais.
★★★★
VIDA A BORDO
O espaço é bom, mas quem vai atrás passa mais aperto que nos rivais. O porta-malas carrega 330 litros.
★★★★
SEGURANÇA
Não tem duplo airbag de série - ao contrário dos rivais. O ABS também é opcional.
★★★
SEU BOLSO
A Volks mexeu no preço e deixou o Golf mais barato. Pena que o seguro não acompanhe a boa redução e seja 30% mais caro que o dos rivais.
★★★

Rivais

1º Ford Focus GLXFocus

É A VERSÃO INTERMEDIÁRIA DO FOCUS E CONTA COM O BOM MOTOR 2.0 DURATEC - R$ 53 980

2º Peugeot 307 Feline307

O HATCH IMPORTADO DA ARGENTINA É O MAIS CARO E O MAIS BEM EQUIPADO DE SÉRIE - R$ 62 450

3º Nissan Tiida 1.8 STiida

O JAPONÊS CHEGA COM TECNOLOGIA, CÂMBIO DE SEIS MARCHAS E BOM PREÇO - R$53 290

4º Chevrolet Vectra GTVectra

É A VERSÃO DE ENTRADA DO HATCH, QUE É O ÚNICO A OFERECER MOTOR BICOMBUSTÍVEL - R$ 59 990

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

VOLKSWAGEN GOL

Volkswagen Gol

Luzes apagadas numa sala de reuniões da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP). Engenheiros da empresa assistem, num telão, a um depoimento gravado numa clínica de produto. O consumidor fala bem de seu carro, diz o quanto é macio, silencioso e confortável. O modelo em questão era um Fiat Palio. “Estão vendo? É isso que eu quero ouvir a respeito do Gol!”, diz Thomas Schmall, presidente da VW brasileira. Palavras duras, mas adequadas à importância do momento. O carro dessa página tem a obrigação de honrar o nome de maior sucesso do mercado brasileiro. Um carro que emplacou 4766252 unidades desde o lançamento, em julho de 1980, e que mês a mês vem batendo recordes de venda.



O novo Gol chega às ruas em três modelos: 1.0 (29000 reais), 1.6 (31000 reais) e 1.6 Power (35000 reais). A se confirmarem esses valores – são estimados, a fábrica não divulgou –, ele ficará acima do Gol Geração 4 (que continua em linha como versão de entrada, de duas portas) e lado a lado com as versões mais simples do Fox. O novo modelo tem a missão de ampliar o sucesso do Gol e encurralar o Fiat Palio. Parece muito? Mas tem mais. O novo Gol tem o papel de definir qual Volkswagen vai prevalecer no futuro: a que fabrica Polo hatch e Polo Sedan (que ocuparam a sexta e a sétima posições em satisfação, na última pesquisa Os Eleitos) ou a que faz Saveiro, Parati, Fox e Gol (31º, 32º, 34º e 35º colocados, num total de 35 modelos). A receita parece fácil: transferir para o novo Gol as qualidades do Polo. Foi mais ou menos o que a empresa decidiu fazer.

Pequena revolução

As portas do novo Gol têm espaçamento de 3,5 milímetros, contra 5 mm do Geração 4. Isso quer dizer que, quando as cerca de 5000 peças do carro se encontrarem (formando uma carroceria com 3899 milímetros de comprimento por 1656 de largura e 1464 de altura), as portas terão que guardar os tais 3,5 milímetros de distância em relação aos pára-lamas. Quanto menor é essa margem, mais exato precisa ser o ferramental que dobra as chapas de aço e monta o carro, e menos poderão deformar as peças de plástico ou folgar os parafusos. Com 3,5 milímetros, o novo Gol iguala-se ao Golf europeu e fica 0,2 milímetro atrás do Phaeton. Esses números indicam um padrão de qualidade bem mais rigoroso e um produto melhor, mais caprichado e resistente. Para conseguir essa milimétrica revolução, a Volkswagen está investindo em ferramentas e treinamento quase 1 bilhão de reais. Aliás, vamos parar de chamar de “novo Gol”. Ele é o Gol, o outro que recorra ao sobrenome para se diferenciar. Mas o que é um Gol?

Livres da obrigação de retocar mais uma vez a carroceria do Gol Bolinha (de 1994), o departamento de estilo da Volkswagen buscou inspiração no modelo de 1980. Ele estava no radar bem antes de começar o projeto do novo carro, em 2004. “O ‘Geração 1’ nunca saiu do nosso estúdio, temos uma maquete dele”, diz Gerson Barone, que entrou na empresa como estagiário para trabalhar no projeto do Gol, em 1978, e hoje é o gerente de design. “Em concursos de tuning ou exercícios em geral, a garotada que trabalha conosco vive rabiscando esse carro.” Das centenas de rascunhos, 12 alternativas viraram maquetes pequenas e três foram reproduzidas em tamanho natural. Com a proposta amadurecida, começaram as viagens ao “Brazilian Corner”, o cantinho verde-amarelo no departamento de design na sede da montadora, em Wolfsburg, Alemanha. É lá que o futuro acontece, para todas as marcas do grupo.

O novo carro busca poucas referências no Geração 4. O nome no porta-malas usa letras parecidas, mas em itálico, e os difusores de ar no painel são iguais. É só. O capô envolvente veio do Tiguan. Mas o efeito é diferente, porque o jipinho tem frente alta, e isso lhe dá uma cara mais quadrada. Em nosso pequeno hatchback, a faixa formada por grade e faróis é estreita e reta. Eu não achei tão bonito, mas meus colegas de redação gostaram muito. Dependendo do ângulo, lembra o primeiro Celta. Se o Gol não parece um típico Volkswagen, é em parte por causa do pioneirismo. Os outros carros da marca é que ainda não se parecem com ele.

E, como no mundo da moda as tendências vão e vêm, certos traços do novo padrão visual da Volkswagen ajudaram a construir o caminho de volta para o Gol de 1980. É o caso das lanternas traseiras quadradas. “Elas ainda não foram lançadas em outros carros nossos, mas a Jetta Variant e o Scirocco apontam para esse caminho”, diz Barone. Do Passat CC veio o vinco lateral que, de certa forma, lembra a “linha de caráter” do Gol original. Para manter limpa a área entre esse friso e as janelas, quem diria, o estilo venceu a praticidade. A “orelha” da tampinha de combustível foi deslocada para o alto e as maçanetas ficaram um tanto baixas (as dianteiras, a 81 centímetros do chão). “Tentamos integrar a maçaneta ao vinco, mas não ficou bom. Aí descemos ao máximo que os padrões de conforto da marca permitiam.”

Mas ainda chegaria a vez de a engenharia interferir no trabalho do design. Seis visitas ao túnel de vento em Wolfsburg levaram a mudanças invisíveis, e assim o protótipo em tamanho real baixou seu coeficiente de penetração aerodinâmica de 0,37 para 0,34 – melhor que o 0,35 do Polo, o 0,36 do Gol Geração 4 e o 0,40 do primeiro Gol. “Ganhamos muito ao tapar as entradas de ar”, diz o gerente-executivo de engenharia, José Luiz Loureiro. Quase toda a metade de cima da grade do motor é falsa, bem como as beiradas da tomada que existe no pára-choque. E os retrovisores tornaram-se uma homenagem explícita aos BMW Série 7. “As leis da aerodinâmica são iguais para todos, às vezes você vai buscando e chega aos mesmos lugares...”, diz Barone. Nesse trabalho de afinação, minúsculos pára-barros nas caixas de roda renderam um ganho de 0,002. O Cx mais baixo é sinônimo de melhor desempenho, menor consumo e menos ruído, ao rodar na estrada.

Canivete na mesa

O revestimento de plástico no interior dos pára-lamas não está ali apenas para desviar o vento. Ele protege a lataria dos pedriscos levantados pelas rodas. E, por baixo do pára-choque dianteiro, dois dutos encaminham o ar para aletas de plástico presas no cubo das rodas, a fim de refrescar os discos de freio. São caprichos que o Gol tem de série desde o modelo básico. Outras vaidades são as portas dianteiras com três posições de parada, úteis na hora de abrir o carro numa ladeira, e a chave em forma de canivete, que faz bem ao ego. “Ela é um troféu que o motorista põe em cima da mesa. Vem de série no pacote Trend e na versão Power, mesmo em carros sem trava elétrica”, diz Fabrício Biondo, gerente executivo de marketing.

O Gol passa a fazer parte da família PQ24, como Polo e Fox (veja quadro na pág. XX). Os três compartilham os motores flex 1.0 e 1.6, além da estrutura invisível. Mas, para baixar custos, o novo modelo abriu mão da tecnologia de solda a laser, capaz de criar chapas de espessura variável. Mesmo sem elas, a Volkswagen garante que o novo Gol é firmeza. “Ele está no nível do Polo em rigidez dinâmica e um pouquinho abaixo em rigidez estática”, afirma Antonio Carnielli, gerente de desenvolvimento de carroceria. Em bom português, rigidez dinâmica quer dizer que o carro torce menos nas curvas (fica mais na mão), e rigidez estática quer dizer que ele não fica rangendo ao passar por quebra-molas ou rampas de garagem. Tanto um quanto outro se perdem com o tempo, conforme a estrutura do carro deforma e os pontos de solda enfraquecem. Mas Carnielli afirma que, mesmo depois de dez anos de uso, o novo Gol continuará mais firme que um Geração 4 zero-quilômetro.

Para ter rigidez estrutural comparável à do Polo sem lançar mão da solda a laser, o Gol precisa recorrer a outras estratégias. Um deles foi “fechar a gaiola”. O porta-malas tem boca pequena e alta, como num Citroën C3. O espaço para bagagem é bom (285 litros), mas não é tão fácil pôr e tirar as malas. Outra estratégia foi adotar uma suspensão dianteira menos sensível às torções da carroceria. Ela vem da plataforma PQ25, usada pelo novo Seat Ibiza e que estará no futuro Audi A1. Do Gol Geração 4 veio o eixo traseiro, mas esse sinal de velhice não compromete. Feitas as apresentações, vamos ver como o novo Gol anda de verdade.

Como não podíamos dirigir o carro em lugares abertos (na época do teste, ele ainda era segredo), fomos para o circuito D1 do campo de provas da General Motors – 4,6 quilômetros com o que há de pior nas nossas ruas. Também na pista, uma S10 cabine dupla andava rápido, indiferente à buraqueira. Resolvi ir atrás: o que a picape fizer, o Gol vai fazer também. Paralelepípedos, lombadas, trilhos de trem e asfalto num relevo conhecido como “couro de jacaré”. Fomos naquela perseguição masoquista, até o piloto da fábrica desistir humilhado – ou dobrado pela fome, era hora do almoço. Tranco? Não senti. Ruídos? Ouvi um rumor um tanto alto – mas abafado – ao passar pelos paralelepípedos e o bagagito pulando sobre o porta-malas. Só um pouco. Para ver quanto o carro é equilibrado, botei a roda em cima da faixa no meio da pista e resolvi fazer as curvas sem corrigir o rumo, deixando o carro livre para espalhar por causa dos buracos. Sabe o que aconteceu? Quase nada.

O motor EA-111 1.0 é o mesmo do Geração 4 (agora na posição transversal), mas a versão 1.6 trocou o motor AP600 pelo EA-111 (mais evoluído) de Golf, Polo e Fox. E, a fim de ganhar elogios dos consumidores em futuras clínicas de produto, os engenheiros da Volkswagen puseram coxins de motor feitos de alumínio. As vibrações do antigo Gol, que faziam lembrar um carro a diesel, ficam no passado – aliás, na Parati e na Saveiro, que não mudam tão cedo. No teste de Limeira, o Gol 1.6 foi muito bem nas medições de nível de ruído. Alô, presidente Schmall: foi bem melhor que o Palio 1.4.

O prazer da juventude

O novo modelo resgata todos os valores que faziam o Gol dos anos 80 ser um carro gostoso de dirigir (valores que você não encontra no Geração 4, cuja frente abana para cima a cada saída de sinal). A suspensão é justinha sem ser dura, tão boa quanto a do Polo e talvez melhor que a do Fiesta. O novo câmbio é uma delícia, de engates certeiros e facílimos, uma homenagem ao Gol pioneiro. É a caixa MQ200, emprestada do Polo, com as mesmas relações de marcha. São relações curtas, que deixam o carro sempre disposto para ultrapassar.

Os números de retomada conseguidos na pista de Limeira foram melhores que os de rivais como Sandero 1.6 16V, Corsa 1.4 e Fiesta 1.6. O Gol 1.6 andou e gastou como o Fiesta, que é uma boa referência desse mercado. Entre as versões 1.0, o Gol anda rápido mas não é exatamente econômico. Bebe mais que a versão 1.6.

O acabamento interno do Fox leva um banho dos dois carros que levamos para esse teste inicial – um modelo 1.6 Power e outro 1.0, equipado com o pacote Trend. O Gol é um carro simples? É. O forro do teto é de material barato e o ajuste de altura do banco exige que o motorista puxe a alavanca, levante o corpo e trave de novo. Olhando com atenção, você verá um contorno redondo em baixo relevo nos painéis de porta, preparação para a manivela de abrir a janela. Não espere pelas superfícies emborrachadas presentes no Polo nem por molduras nas soleiras de porta, mas, de resto, o Gol é surpreendente. Apesar de usar plástico simples, o painel é resistente a riscos e tem bom aspecto. A gravação da textura nos moldes da peça foi feita em quatro etapas – mesma técnica usada no painel do Honda Civic.

Os botões giratórios do ar-condicionado transmitem uma sensação de qualidade inédita num carro fabricado no Brasil: são bem definidos nos pontos de parada e macios nas transições. Para completar, esses botões (e os trincos das portas) são da cor Moon Silver, uma tinta que lembra alumínio maciço. “Ela foi desenvolvida pela Audi e está no esportivo R8”, diz Barone. Ao girar a chave, você nem vai perceber, mas o sistema de transponder da chave é igual ao do Lamborghini Gallardo (veja quadro na pág. XX). Se o Gol é uma referência para os concorrentes, o acabamento dos carros brasileiros vai melhorar nos próximos anos. Tudo dentro dele é, pelo menos, honesto. E, em vários casos, muito bom.

E, dentro como fora, a margem de tolerância para os encaixes do Gol evoluiu um bocado: de 1,2 milímetro, do Geração 4, para 0,5 – tanto quanto o futuro Golf europeu e melhor que o Polo (0,6). Para atender à norma internacional da Volkswagen, todas as versões do Gol passam a oferecer freios ABS e airbag duplo como opcional. Em nome dessa nobre causa, o porta-luvas encolheu (tem 4,2 litros de capacidade). Os porta-mapas nas portas são pequenos e os demais porta-trecos, apenas razoáveis.

Esqueça o volante torto que caracteriza o Gol desde 1980, ou o pequeno quadro de instrumentos emprestado do Fox. Velocímetro e conta-giros são dois mostradores separados, com aros vistosos e grafismo classudo, parecido com o do Polo. Termômetro do motor e marcador de combustível são analógicos, de fácil leitura. E no meio de todos os relógios vem uma tela digital de boa resolução, que serve ao computador de bordo (opcional). Além de calcular consumo e autonomia, o I-System permite configurar confortos (como baixar ou não dois dedos da janela, para facilitar o fechamento das portas) e programar alertas de quilometragem para troca de óleo, revisão etc. Também no rol dos opcionais, o rádio tem entrada USB para iPod ou pendrive e entrada para cartões de memória SD (usados em câmeras digitais), que podem gravar mensagens de voz vindas de celulares Bluetooth. Com o tweeter no pé da coluna do pára-brisa, o som vem limpo e há clara separação espacial dos instrumentos.

Difícil vai ser evitar a briga entre irmãos, dentro da Volkswagen. Polo e Fox são modernos, mas se diferenciam pelo formato. Polo e Gol Geração 4 têm mesmo formato, mas pertencem a épocas diferentes. Já o novo Gol é parecido com o Polo em modernidade e tamanho (é 2 centímetros mais curto, 1 centímetro mais largo e 4 centímetros mais baixo, com igual entreeixos). O Polo tem a seu favor o requinte de acabamento, a construção sofisticada e mimos como retrovisor direito que mostra o meio-fio, em manobras de estacionamento. O Gol tem o charme da novidade, usa o mesmo motor e é superior em itens importantes como suspensão, sistemas antifurto e prazos de revisão mais espaçados. A Volkswagen sabe que o novo Gol irá roubar vendas dentro de casa, e está preocupada com isso. Mas quem deve se preocupar mesmo são as outras montadoras.

Manutenção

Os orifícios indicam se o disco de freio está em meia vida ou em hora de trocar, e assim o motorista ganha um argumento para resistir à empurroterapia das oficinas. “O ‘Visual Check’ é uma idéia antiga, que sempre esbarrou no desafio de controlar ruído e desgaste da pastilha”, diz Kai Hohmann, gerente de desenvolvimento de veículos. O prazo de garantia do novo Gol manteve-se em um ano (o Sandero tem três), mas o prazo de revisão passou de 10000 para 15000 quilômetros. É fácil fazer a manutenção básica. Os reservatórios no cofre do motor têm marcações claras, impressas no plástico com tinta preta. Apenas a caixa do filtro de ar, fechada com parafusos, dá trabalho. Mas falta uma luz de alerta no painel, para quando a gasolina da partida a frio acabar.

Seguro

O novo Gol (e a linha 2009 do Geração 4) estréiam aqui o Immo4, imobilizador usado por carros como o Audi A8. A unidade de identificação é integrada ao painel (dificultando a remoção) e o diálogo entre ela e a central do motor passa por cinco filtros criptográficos. “Central de injeção, chave e quadro de instrumentos são codificados na linha de montagem e a senha fica num servidor na Alemanha”, diz Alexandre Navarro, supervisor de sistemas eletrônicos. Para evitar arrombamentos, o Gol adotou fechadura com miolo que gira em falso ao encontrar uma chave indevida. No teste de colisão do Cesvi, o Gol teve índice de reparabilidade 13 – pior que Fox (10), igual a Ka, Sandero e Polo e melhor que Celta (15), Corsa (16) e novo Palio (23). E, por falar em outro seguro – o de vida –, o Gol volta a ter airbag e ABS como opcionais e está de acordo com as normas brasileiras de crash-test que serão adotadas em 2012.

PQ?

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A estrutura geral do Gol vem da plataforma PQ24 (de 1999), comum a Polo e Fox. Suspensão dianteira e barra de direção vieram da nova arquitetura da Volkswagen, a PQ25 (de 2007), e a suspensão traseira veio do Gol Geração 4. Agora colocado na transversal, o conjunto motor e câmbio rouba menos espaço. A Volks ganhou margem para rebaixar o capô, mas preferiu não mudar muito – tanto que, veja na ilustração, o antigo motor longitudinal caberia raspando na nova carroceria. A distância entre os eixos é igual à de Polo e Fox, 3 milímetros menor que antes. Mas o espaço para os joelhos no banco de trás aumentou, porque os passageiros estão de pernas mais recolhidas, ao sentarem mais alto. O Polo hatch é ligeiramente mais espaçoso: tem 2 centímetros a mais para os ombros, na frente, e 3 atrás; em espaço para as pernas, atrás, ganha por 5 centímetros.

Avaliação

GOL POWER 1.6
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GOL 1.0 TREND
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