quarta-feira, 30 de novembro de 2011

DODGE JOURNEY 2012

Dodge Journey 2012

Não é difícil encontrar quem ache que os carros novos estão cada vez mais parecidos entre si. Embora a semelhança entre alguns modelos realmente chame atenção, existe um caso em que um carro realmente é a cara do outro. Trata-se da dupla Dodge Journey e Fiat Freemont. Para os desinformados, parece que o Journey é que "copiou" o Freemont. Mas a história não é bem assim, já que foi a Fiat que aproveitou o projeto desenvolvido originalmente pela Chrysler - e vendido como Dodge - para ter um crossover em sua linha de produtos. 

Embora os norte-americanos façam questão de frisar que Journey e Freemont são carros diferentes, no visual eles se diferenciam apenas em pequenos detalhes. A grade frontal tem o clássico desenho da Dodge em forma de cruz, mas teve seus contornos suavizados. O para-choque tem desenho bem mais agressivo que a antiga geração do Journey e as rodas de liga leve são bem diferentes do Fiat. Atrás, as lanternas com LEDs e as duas saídas de escapamento foram trazidas antes pelo Freemont. O Brasil, inclusive, será o único mercado do mundo a comercializar os dois modelos. 

Olhando por dentro, o Journey se parece ainda mais com o "irmão" apadrinhado na Itália. O painel é praticamente o mesmo do Freemont. Sai o antigo painel de linhas quadradas e aspecto pobre, entra um conjunto visivelmente mais esmerado, tanto no desenho mais elaborado quanto na qualidade do acabamento. Há espaço de sobra para sete passageiros e todos os bancos podem ser rebatidos ou reclinados (e até deslizados), permitindo várias configurações para priorizar o transporte de pessoas ou carga. Pesa contra o Journey o fato de o carro não ter travamento automático das portas quando o carro se movimenta nem sensor crepuscular, itens oferecidos no Freemont. 

Existe, porém, um item fundamental no qual o Journey abre uma larga vantagem sobre o modelo da Fiat. O motor usado pela Dodge é o Pentastar 3.6 V6, com 280 cv, quase 100 cv a mais que o antigo propulsor 2.7 V6 usado no Journey. A transmissão automática de seis velocidades com opção de trocas sequenciais (realizadas por movimentos laterais) contribui para dar mais vigor nas arrancadas e retomadas. Segundo a Dodge, o Journey vai de 0 a 100 km/h em oito segundos e chega aos 208 km/h. Apenas para efeito de comparação, o Freemont usa o motor 2.4 de 174 cv e tem um câmbio automático de apenas quatro marchas. 

A lista de equipamentos do Journey é bastante generosa. O carro tem sistema multimídia com tela sensível ao toque, partida do motor sem a chave, bancos revestidos em couro, seis airbags, controles de tração e estabilidade e sistema de som com entrada auxiliar USB e conexão Bluetooth. 

Até o preço do Journey foi pensado para se distanciar de seu parente distante. O veículo será oferecido nas versões SXT, por 91.500 reais, e a topo-de-linha R/T, com preço sugerido de 107.900 reais. No caso da opção mais luxuosa, há teto solar elétrico e rodas de liga leve de 19 polegadas.


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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Nissan divulga detalhes do compacto March



Após anunciar que o compacto popular japonês March custará menos de R$ 30 mil em sua versão de entrada, a Nissan revelou, nesta quinta-feira, informações adicionais sobre a versão 1.0.

De acordo com a marca, a opção de entrada contará com vários equipamentos de série, como airbag duplo, computador de bordo, ar quente e ajuste de altura do banco do motorista. 

O Nissan March 1.0 estará disponível em duas versões de acabamento: 1.0 e 1.0S, que terão também dois pacotes de opcionais. O March 1.0S mais completo custará menos de R$ 35 mil quando as vendas começarem, em outubro. 

A lista completa de equipamentos de série, bem como preços, especificações e detalhes técnicos das versões 1.0 e 1.6 serão divulgados nos próximos dias pela marca.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

NOVO FIAT PALIO

Novo Fiat Palio

A Fiat apresentou a segunda geração do Palio, que ficou maior, passou por face-lift, herdou traços de outros modelos da marca e mudou até de assinatura - a palavra "Palio" na traseira agora se escreve com um "P" estilizado.



O hatchback está mais moderno, como na dianteira, cujo friso cromado que carrega o emblema veio do compacto 500, e os faróis lembram os fo Punto. Na lateral, destaque para o friso que percorre toda a carroceria. Já na traseira, as lanternas foram alongadas e invadem a área do vidro.

O Palio cresceu nas três direções - comprimento, altura e largura -, o que permite maior espaço interno graças ao entre-eixos que foi aumentado em 5 cm. O espaço para as pernas dos ocupantes do banco traseiro ficou 10 cm maior. O porta-malas agora comporta 280 litros ante 275 da geração anterior.

No interior, destaque para o painel com diferentes materiais e texturas, bancos, painéis das portas e quadro de instrumentos novos, além da personalização de cada versão.

A nova geração do hatch será vendida em seis versões de acabamento, resultado da combinação de três motores, dois câmbios e três padrões de estilo: Attractive (console preto), Essence (detalhes em cinza) e Sporting (friso e mostradores em vermelho).

A Attractive 1.0 (Flex, 75 cv), de entrada, já conta com computador de bordo, direção hidráulica, maçanetas, para-choques e retrovisores na cor da carroceria, desembaçador traseiro, abertura interna do porta-malas, tanque de combustível, entre outros. Já a Attractive com motor 1.4 (Flex 88 cv) acrescenta vidros e travas elétricos, apoio de cabeça traseiro, chave-canivete, faróis de neblina e volante com regulagem de altura.

A intermediária Essence, somente com propulsor 1.6 16V (E.Torq de 117 cv), vem de série com ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura e luzes de leitura dianteiras. A Essence com câmbio Dualogic vem com piloto automático e, opcionalmente, trocas por meio de borboletas no volante.

Já a Sporting, topo de linha, também com motor 1.6, vem equipada com saias esportivas, duas saídas de escape cromadas, rodas aro 16, spoiler traseiro e volante em couro. Assim como na Essence, a opção pela transmissão Dualogic também tem piloto automático e borboletas para trocas como opcional.

Entre os itens que podem ser adquiridos opcionalmente estão freios ABS, airbag duplo, apoio para o braço no banco do motorista, espelho retrovisor interno eletrocrômico, kit de parafusos anti-furto para as rodas, MP3 com Bluetooth e entrada USB, retrovisores externos elétricos, sensor de chuva, sensor crepuscular, volante em couro com comandos do rádio e vidros elétricos traseiros.
Veja a tabela de preços do Novo Palio:
Palio Attractive 1.0: R$ 30.990
Palio Attractive 1.4: R$ 34.290
Palio Essence 1.6: R$ 37.990
Palio Essence 1.6 Dualogic: R$ 40.490
Palio Sporting 1.6: R$ 39.990
Palio Sporting Dualogic: R$ 42.490

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domingo, 27 de novembro de 2011

PEUGEOT 208

Peugeot 208

A Peugeot se popularizou no mundo graças a seus carros compactos, que uniam a praticidade dos hatches com personalidade no design. O lançamento do 208 aposenta o 207 e coloca a marca de volta na briga pela liderança da categoria na Europa.

Além de competir pelo topo no Velho Continente, o novo modelo será vendido em vários mercados mundo afora, inclusive o Brasil. Por aqui, o 208 estará no segmento mais importante do mercado brasileiro, que representa 70% do volume total de vendas entre os veículos de passeio. Sua chegada está prevista para 2013, mas o 208 deve conviver em harmonia com o "nosso" 207, que será o modelo de entrada da gama no país. 

Os principais destaques do 208 são seu visual futurista, com linhas mais esportivas, que rompem com seus antecessores. A dianteira tem grandes faróis e uma grade em formato hexagonal. Na parte de trás, as lanternas têm formato de "C" invertido. 

Concebido para ser um modelo mais leve e mais eficiente que seu antecessor, o novo 208 conta com visual mais aerodinâmico, além de mais espaço interno. Comparado ao 207, seu peso é de 975 kg (o equivalente a 173 quilos a menos), com 3,96 metros de comprimento (7 centímetros menor), 1,49 m de altura (1 cm mais baixo) e 2,54 m de entre-eixos. O porta-malas tambpem é maior, com capacidade para 287 litros. 

Outra preocupação da marca francesa foram as emissões de CO2 no meio ambiente. De acordo com a Peugeot, o 208 emitirá 34 g/km de gases nocivos, um nível menor do que o registrado no 207. Tal marca se deve à tecnologia start&stop, que desliga o veículo em momentos de inatividade. 

No mercado europeu, o modelo vai introduzir uma nova gama de motores três cilindros a gasolina, que são o 1.0 l VTi e o 1.2 l VTi. Cinco opções a diesel também serão disponibilizadas. Por lá, as versões de três e cinco portas do 208 começam a ser vendidas na metade de 2012.


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sábado, 26 de novembro de 2011

HONDA CIVIC

Honda Civic

Vamos fazer uma brincadeira: pegue uma foto da oitava geração do Civic e compare-a com seu sucessor. Achou difícil encontrar onde estão as diferenças? De fato, não é fácil notar as diferenças entre as duas gerações logo de cara. Mas basta fazer uma análise mais detalhada para ver que o novo Civic mudou. E muito. 

Começando pelo visual, a nona geração do Civic parece uma atualização de seu antecessor, o que está longe de ser uma crítica. As linhas do modelo recém-aposentado ainda eram atuais e a nova geração deu um toque de esportividade. Na frente, o para-choque ficou mais encorpado e ganhou novos faróis. Atrás, as lanternas foram redesenhadas e ganharam refletores na tampa do porta-malas, fazendo lembrar o estilo do Accord. Goste ou não das mudanças, o Civic brasileiro tem um visual diferente da versão americana, mais conservadora e que não foi tão bem recebida por lá quanto a Honda esperava. 

Abra a porta e veja que o Civic também se renovou por dentro. O entre-eixos foi encurtado em três centímetros, mas o espaço interno continua igual. Se o porta-malas ficou maior e os passageiros viajam com o mesmo conforto, qual foi o milagre que os engenheiros da Honda fizeram? Simples: realocaram painel e bancos. A capacidade do porta-malas também melhorou, passando dos tímidos 340 litros para 449 litros, graças ao estepe de uso temporário (mais fino que os pneus convencionais) e à adoção de uma tampa traseira mais alta. 

Diferente também é o painel, que ganhou contornos mais suaves, embora conserve algumas soluções bastante elogiadas da oitava geração, caso do painel em dois andares. Na parte superior fica a tela da central mulimídia i-Mid, que reúne computador de bordo, controles de áudio e avisos de segurança, além de mostrar a imagem da câmera de ré. A maior novidade do Civic está escondida no canto esquerdo da cabine: o botão verde aciona o ECON, sistema que controla as acelerações e interfere em diversas funções, como o tempo das trocas de marcha (no câmbio automático) e o funcionamento do ar-condicionado, aproveitando mais o ar da recirculação. Tudo em nome da economia de combustível. 

São três versões de acabamento (LXS, LXL e EXS) e duas opções de transmissão (manual ou automática), sendo que as versões LXS e LXL podem ser equipadas com ambas as opções de câmbio. Todas as opções são equipadas com ar-condicionado digital, câmera de ré, computador de bordo e sistema de som com comandos no volante. As versões LXL e EXS possuem borboletas atrás do volante para trocas de marcha sequenciais. Quem comprar a versão EXS também será presenteado com itens mais luxuosos, incluindo airbags laterais, Bluetooth, teto solar e tela touch screen de 6,5 polegadas no console central com GPS. 

O motor 1.8 i-VTEC teve vários componentes trocados, mas oferece os mesmos 140 cv e 17,7 mkgf da geração anterior. Entre as alterações feitas pela Honda, estão o redesenho do coletor de admissão (para melhorar a distribuição da mistura na câmara) e a redução da taxa de compressão, com o intuito de suavizar o funcionamento do conjunto. Os tempos de aceleração são ligeiramente mais rápidos no novo Civic e a Honda diz que melhorou a dirigibilidade, fazendo mudanças também na suspensão. O fato é que o motor ganhou mais fôlego após as modificações. 

A Honda ainda não revelou os preços do novo Civic, mas já afirmou que não pretende mexer na tabela de preços. Neste caso, os valores ficariam entre R$ 66.660 (LXS) e R$ 86.750 (EXS).


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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

AUDI A1 SPORTBACK

Audi A1 Sportback

O filho caçula da Audi está crescendo. O A1 Sportback traz a comodidade das quatro portas ao estiloso A1, lançado pela marca em 2010 para concorrer com o descolado MINI Cooper, fabricado pela rival BMW. 

Para ganhar as portas adicionais sem sacrificar o conforto de quem viaja atrás, o A1 Sportback ficou 6 milímetros mais largo e mais alto que o modelo com duas portas. O design perdeu parte da esportividade do projeto original, mas não compromete a harmonia das linhas. A mudança mais significativa - além das portas traseiras, claro - está nas laterais, que ganhou janelas nas colunas "C", melhorando a visibilidade em manobras. O arco que acompanha o contorno das janelas, uma das marcas registradas do A1, também está presente no Sportback. 

O A1 Sportback terá seis opções de motorização, sendo três delas movidas a gasolina e três abastecidas com diesel. No time da gasolina, há os motores 1.2 TFSI (com 86 cv) e dois 1.4 TFSI, com 122 cv ou 185 cv. Já o grupo dos propulsores a diesel tem o 1.6 TDI, com 90 cv ou 105 cv. Uma opção 2.0 TDI, com 143 cv, será oferecida pela Audi dentro de alguns meses. 

Algumas versões poderão ser equipadas com a transmissão automatizada de sete velocidades S tronic, sendo que a versão topo-de-linha de 185 cv vem com o item de fábrica. O comprador pode optar pelas versões de acabamento Attraction e Ambition, além do pacote S-Line, que oferece rodas de liga leve diferenciadas, para-choques redesenhados e suspensão com calibragem esportiva. Serão doze opções de cores, incluindo a exclusiva Samoa Orange. O A1 Sportback começa a ser vendido na Europa nos primeiros meses de 2012. Na Alemanha, seus preços vão partir de 16.950 euros.


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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

FORD FUSION


FORD FUSION



O SEDÃ QUE É SINÔNIMO DE STATUS NO BRASIL GANHA VISUAL NOVO E FICA MAIS ESPORTIVO

Ford Fusion

Um dos modelos mais desejados do Brasil acaba de ganhar uma cara nova nos Estados Unidos. A segunda geração do Ford Fusion chega não apenas com visual renovado, mas também com uma inédita versão híbrida, que promete ser o veículo mais econômico da categoria. 

As maiores alterações de estilo se concentram na dianteira, que ficou mais esportiva. A grade dianteira cresceu, mas preserva as três barras cromadas horizontais. Os faróis ficaram mais horizontais e acompanham o formato da peça, enquanto que as entradas de ar no pára-choque foram redesenhadas. 

Já na parte traseira, o Fusion recebeu novas lanternas, de formato ligeiramente mais ousado e na cor vermelha, substituindo as polêmicas peças translúcidas do modelo anterior. A tampa do porta-malas ganhou alguns vincos, especialmente em torno do local destinado para a placa. 

Internamente, as modificações foram bem mais sutis. O acabamento interno recebeu apliques metálicos no console central e acima do porta-luvas, substituídos por um duvidoso tom azulado nas versões mais esportivas. O visual do painel de instrumentos também recebeu alterações, sendo que o modelo híbrido aponta a carga do motor elétrico e o consumo instantâneo. 

O Fusion 2010 será oferecido com três opções de motorização a gasolina. O propulsor 2.5 I-4, que substitui o 2.3 de quatro cilindros, gera 175 cv e utiliza uma transmissão de seis velocidades (ante uma caixa de cinco marchas no 2.3). Segundo a Ford, o motor proporciona uma economia de combustível superior aos seus concorrentes, como Honda Accord e Toyota Camry. 

O Duratec 3.0 V6, cuja importação chegou a ser cogitada por aqui, também recebeu melhorias. Com 240 cv, o conjunto passa a ser Flex, podendo ser abastecido com gasolina ou etanol E85 (composto que usa 85% de etanol e 15% de gasolina), que aumenta a potência do modelo para 250 cv. 

Já a versão topo-de-linha é a Sport, que recebe um motor 3.5 V6 de 263 cv e uma transmissão automática seqüencial de seis marchas. O visual também é diferente das demais configurações, com faróis de máscara negra, rodas de liga leve exclusivas, um sutil aerofólio e a adoção de duas ponteiras de escape na traseira. 

A Ford ainda não divulgou maiores detalhes sobre o modelo híbrido, limitando-se a dizer que a comodidade será oferecida também no Mercury Milan, que é praticamente idêntico ao sedã da montadora do oval azul. 





quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Fiat pede aumento na produção do Freemont

Crossover feito pela Chrysler superou as expectativas da marca





A Fiat solicitou à sua parceira Chrysler que aumente a produção do Freemont por conta de sua boa aceitação no mercado europeu.
O crossover, que foi lançado na Itália em junho, é uma versão Fiat do Dodge Journey. A montadora de Turim estimava vender 13 mil unidades neste ano, mas já registra 15.700 pedidos de encomendas, segundo informações da agência de notícias Automotive News.
Para o ano de 2012, a Fiat projeta vender 33 mil Freemonts. A Chrysler havia prometido à Fiat que produziria três mil veículos por mês em sua fábrica de Toluca, no México. No entanto, para atender à inesperada demanda pelo carro, os norte-americanos resolveram aumentar a produção em mais de um terço, chegando a 4.067 veículos fabricados em junho.
De acordo com a Fiat, a Chrysler está estudando novas maneiras de atingir o objetivo de quatro mil unidades produzidas mensalmente. O desafio é produzir a quantidade desejada sem estourar os custos de produção extra.
Na Europa, os preços do Freemont partem de 24.900 euros. Segundo a Fiat, 80% dos pedidos do crossover são de clientes italianos e 80% deles nunca tiveram um automóvel da marca antes.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

SMAR FORTWO COUPÉ

Smar ForTwo Coupé


O Civic Si não é tão divertido no autódromo de Interlagos. As retas demoram a passar e mesmo as curvas fechadas parecem largas, pouco desafiadoras. Duvido que uma Ferrari F40 seja prazerosa no caminho para o trabalho. Visibilidade ruim, embreagem pesada, dificuldade de esticar a mão pela janela para pegar o tíquete de estacionamento. Carros são bons ou ruins conforme o lugar onde você usa... Mas esse texto não é do Smart? É sim. Já explico. Em março, fiz a pré-estreia do Smart ForTwo. Foram algumas voltas na pista da dona da marca, a Mercedes-Benz. Carrinho prático, mas sem graça: motor bobo, controle de estabilidade superprotetor e direção lenta.  Agora, em abril, o Smart chegou à loja (por ora é um único ponto-de-venda, em São Paulo), tem preços (57 900 reais pela versão Coupé e 64 900 reais pela Cabrio) e ficou conosco por uma semana, para usar no dia a dia e fazer o teste completo. O resultado é surpreendente.
O que mudou de uma edição para a outra? O cenário e a convivência. O Smart é tão diferente que precisa de aprendizado.Talvez a lição mais importante tenha a ver com as borboletas de troca de marcha atrás do volante. Do Civic EXS à Ferrari 599 GTB Fiorano, o paddle-shift é mais divertido que necessário. Um câmbio automático moderno é bastante sensível a kick-down e troca marchas na lógica do motorista. Já o câmbio automatizado do Smart foi programado para vencer maratonas de economia de combustível. O motor vive entre 1 800 e 2 200 giros, prestes a bater pino e, a 60 km/h, já está em quinta marcha. Para o consumo, é excelente. Em Limeira, conseguimos 13,3 km/l no ciclo urbano e 16,6 km/l no rodoviário. São números tão bons que, mesmo movido a gasolina, o Smart é competitivo diante de carros flex – em São Paulo, onde a vantagem do álcool é maior, ele gasta menos dinheiro para rodar na cidade que um Gol 1.6 (que faz 7,1 km/l). O problema da obsessão pela economia é que o Smart reage com a lerdeza de um motor pequeno, vazio e com turbo-lag. Andar de ônibus pode ser mais divertido.
Mas basta trocar as marchas por conta própria, no paddle-shift, para o ForTwo mudar da água para o vinho. Nem precisa andar esgoelado, é só deixar o ponteiro do conta-giros entre 2 500 e 3 000. O turbo vence a inércia, o motor enche e, sem sacrificar tanto o consumo, o Smart torna-se um carro de respeito. Em Limeira, acelerou e retomou mais rápido que as versões automáticas de Focus, Golf, Vectra e Civic.
E tem algo que a gente ainda não criou um teste para medir, mas que tem importância cada vez maior: facilidade de estacionar. O Smart cabe em qualquer lugar, de qualquer jeito. Cabe até atravessado, já que o comprimento (2,7 metros) é igual à largura de certas vagas. Só não tente estacionar de frente para a calçada, como fazem na Europa: a lei brasileira não permite. A distância entre as rodas é tão pequena que o ForTwo consegue dar meia-volta num espaço de 8,8 metros. A vantagem dele em relação a um Citroën C3 (que gira em 10,9 metros) é maior que a do C3 em relação a uma Chevrolet S10 (12,9 metros). O Smart faz curvas tão fechadas que, para estacionar a 90 graus, é preciso andar mais um pouco, antes de virar a direção – ou você acertará o carro que está parado antes da vaga. Quebra-molas? Os maiores ele encara como se fosse rampa: as rodas de trás começam a subir quando as da frente ainda não desceram.
O tamanho do Smart ajuda no teste de baliza, mas cria um desafio à estabilidade. Para o carro não tombar, a direção é bastante indireta (o que evita guinadas repentinas) e a suspensão é dura (ótima no asfalto liso, mas desconfortável em ruas esburacadas). O controle de estabilidade é absolutamente careta: toma as rédeas do acelerador ao primeiro sinal de perigo e só devolve segundos depois. Isso tira o prazer em curvas fechadas, mas o Smart é tão pequeno que o conceito de curva fechada também muda. As ruas parecem avenidas e as avenidas parecem estradas. Um exemplo dessa mobilidade é o teste de slalom feito pela revista americana Road & Track. O Smart cumpriu a prova a 97 km/h – bem perto dos 99 km/h conseguidos pelo atual Dodge Charger R/T, um esportivão de 340 cv que chega aos 100 km/h em 6 segundos. O dono de um Golzinho tunado gostou tanto da esticada que eu dei, para mudar de faixa na avenida Francisco Morato, que me seguiu até encontrar um sinal fechado: “Aí, grande, esse carro é 2 litros?” Não, é 1.0 mesmo. Tem só 84 cv, mas pesa pouco, é curtinho... “Da hora, meu.”
Cão engarrafado
Se a ideia é conhecer gente, o Smart parece melhor que comprar um cachorro. Não dorme em cima da cama e é ele que leva para passear, não o contrário. Já que a demora no trânsito é inevitável, ao menos você ganha um passatempo. As pessoas tiram fotos, puxam assunto e sorriem. Dirigir torna-se menos estressante (há espaço para as motos passarem) e os motoristas ao redor ficam mais simpáticos.
As mulheres a-do-ram: num engarrafamento do corredor Norte-Sul, a dona de um Fox se esticou para fora da janela e quase derrubou um motoboy: “Me vende que eu compro!” Mas você nem sabe o preço... “Não importa, eu quero!” Na sessão de fotos na avenida Paulista, às 7 da manhã, o Smart fez sucesso entre clubbers que estavam saindo das boates – gente com piercing no rosto e cabelo em pé. Mas tamanha aceitação faz lembrar a pergunta do repórter Tom Vanderbilt, que avaliou o ForTwo para a revista Men’s Vogue nos Estados Unidos e também despertou alegria por toda parte: “Será que o Smart é uma espécie de Hello Kitty com rodas?” Ele concluiu que não. Só o tempo dirá se, no Brasil, o carro é visto como maneiro ou fofinho. Mas posso afirmar que ele arrancou elogios de gente que, em vez de tomar mel, prefere mastigar abelha: taxistas, bombeiros e um jornaleiro português para quem eu pedi orientação de rua.
Na garagem da viação Transkuba (onde visitamos o maior ônibus do mundo, com 28 m), os motoristas gostaram do espaço interno. Colunas distantes, posição de dirigir elevada (como num Fox) e a grande área envidraçada dão sensação de liberdade. Dos ajustes de banco por alavanca ao câmbio automatizado, passando pela posição da chave, tudo foi feito para evitar movimentos largos. O porta-malas (220 litros) é maior que o do antigo Ka. Existem truques para ganhar espaço, como baixar o banco do carona, mas nem precisei disso quando fui ao mercado. Fiz compras para um casal, para 15 dias. Coube tudo sem empilhar.
O acabamento interno aposta na beleza do design, em lugar de cromados ou superfícies macias. Mas algumas economias incomodam. Como não há ajuste de altura para banco e cintos de segurança, pessoas mais baixas ficam com a tira roçando o pescoço. Falta tampa no porta-luvas, computador de bordo e rádio com sistema Bluetooth. Entrada de áudio é opcional, assim como porta-copos e porta-óculos. O Smart que chega ao Brasil não sai muito mais caro que na Europa (onde custa 20% menos que o Fit básico, ou o valor de um VW Polo intermediário), mas, aqui, será carro de elite. Não pode parecer incompleto.
A segunda loja Smart no país ficará a uns 5 km da primeira, o que nos faz imaginar que, ao menos agora, o ForTwo será encarado como um carro de bairro. Talvez porque ele não tem estepe (só um líquido veda-furos) e, se o pneu rasgar, será difícil de encontrar outro – as medidas são raras no mercado brasileiro. Enfim, a prudência não recomenda se afastar de casa. Mas vai que bate uma vontade...
Não é a vocação do Smart, mas ele resistiu bem a um passeio na terra, com costelas de vaca e escalada morro acima. Dirigir na estrada é ruim. O carro reluta em andar em linha reta, empurrado pelos deslocamentos de ar criados pelos carros que passam. Ou por aqueles que são ultrapassados: o Smart é um carro maduro, que anda a 100 km/h com motor a 2 900 giros, tão relaxado que dá tranquilidade para pensar.
Casa de praia
Sempre tive carros de cinco lugares, mas devo ter usado o banco de trás umas 50 vezes. É como ter uma casa de praia, pagar manutenção o ano todo e só usar nas férias. Que tal hospedar-se num hotel? Voltando aos carros: em vez de arrastar para todo canto um sedã pronto para qualquer tarefa, não é melhor usar um carro pequeno no dia a dia e alugar outro (minivan nas férias da família, conversível no fim de semana a dois) quando puder aproveitar?
Pena que, no Brasil, a escolha de carros como o Smart será guiada apenas pelo desejo. Na Califórnia, há faixas de circulação exclusivas para carros ecológicos. Na Europa, motores mais poluentes pagam maior imposto. No Japão, veículos são classificados pelo espaço que ocupam. Em São Paulo, a forma de regulação é o rodízio, que proíbe os carros de rodar no horário de pico uma vez por semana. Tamanho? Emissões? Não, o critério é o final da placa. Estimula as pessoas a comprar um segundo carro (certamente em piores condições) com placa diferente. Felizmente o Smart, um carro tão racional, é bom o bastante para ganhar espaço por motivos emocionais: beleza, comodidade e, sim, prazer ao dirigir.

OS RIVAIS
Honda Fit LXL 1.4 aut.
É nacional, flex, espaçoso, prático e bem construído. Por 58 410 reais.
Kia Picanto 1.0 aut.
Menos divertido e equipado que o Smart, é maior e mais barato: 40 900 reais.

DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO
O acerto de freios é ótimo. Direção lenta e suspensão dura garantem a estabilidade de um carro tão pequeno.
MOTOR E CÂMBIO
A estratégia de trocas automáticas é muito inteligente: máxima economia para quem não quer se envolver. Quem quiser folia pode usar o paddle-shift – e será muito bem recompensado.
CARROCERIA
Minúsculo por fora, espaçoso por dentro, seguro em testes de colisão e terrivelmente carismático.
VIDA A BORDO
Acabamento prático e de muito bom gosto, e ótimo aproveitamento de espaço. Mas faltam computador de bordo, Bluetooth, entrada para iPod, ajustes de cintos e porta-trecos com tampa.
SEGURANÇA
Quatro airbags e quatro estrelas no crash-test do EuroNCAP. Cercado de controles eletrônicos, o Smart resiste bravamente a tentativas de tirá-lo do prumo.
SEU BOLSO
O preço nem é tão alto, diante do carisma e da construção sofisticada. Mas não é flex, tem possibilidades limitadas de uso. A Mercedes- Benz não divulgou preço de peças ou revisões, mas lembre-se de que manter o Classe A nacional era caro.

VEREDICTO
Tem facilidade de manobrar incomparável, mas nem por isso é um carro apertado (para dois, claro), inseguro ou sem graça. Pelo contrário, destaca-se pelo prazer ao dirigir na cidade. O preço é bom, pelo que o carro traz de status, mas faltam luxos.