domingo, 9 de outubro de 2011

CHEVROLET SONIC


CHEVROLET SONIC

CONHEÇA A NOVA FACE DA GM AMERICANA


Chevrolet Sonic
Bob Lutz, com a autoridade de quem exerceu o poder nos três grandes fabricantes americanos, além da BMW, diz que "carro feio não vende". Não há motivo para discordar dele, a história está cheia de exemplos. Provavelmente por isso a GM decidiu apostar tudo no desenho do novo Sonic, especialmente na dianteira, onde seus faróis emulam um olhar forte, penetrante, com muita personalidade. A estética parece ser, de fato, a maior das virtudes do novo sedã da Chevrolet - porque, na hora de dirigir, o carro ainda se sente atrás de seus maiores rivais. 


O Sonic ficará posicionado entre o Aveo e o Cruze, pelo menos no México, onde dirigimos o carro por pouco tempo, mas suficiente para sentir como ele se comporta. No país asteca, o carro será vendido apenas com carroceria sedã. Nos Estados Unidos, onde será conhecido como Sonic, haverá ainda a opção hatchback. Ele sairá de uma fábrica em Detroit, criada pela GM com especial dedicação. O Sonic é importante para o futuro da corporação, menos pelo produto que é e mais pelo papel que desempenha na estratégia de reestruturação da marca. A ideia é oferecer um produto pequeno, econômico e, acima de tudo, rentável. Por meio de acordos sindicais, os trabalhadores aceitaram ganhar salários menores. Agora resta convencer os consumidores norte-americanos das vantagens de um carro com dimensões, espaço, consumo e emissões mais contidos frente aos SUVs e picapes a que já estão tão acostumados.

Ainda é cedo para falar sobre o Sonic no Brasil, mas algumas fontes consultadas afastam a possibilidade de o modelo vir a ser produzido por aqui. O que fariam, então, algumas unidades do modelo flagradas rodando em São Paulo (veja mais detalhes sobre os futuros lançamentos locais da Chevrolet na seção Segredo). "São testes de plataforma, não do carro em si", diz um informante. "No Brasil, teremos o Cobalt, um modelo com o mesmo porte do Sonic, porém com acabamento e construção menos refinados. Sonic, só se for importado", afirma nossa fonte.

Para dar ao Sonic um olhar mais penetrante, a Chevrolet optou por utilizar quatro faróis redondos, com os projetores mais externos um pouco maiores que os internos. Eles dispensam a lente de policarbonato, recurso comum hoje. De perfil, há boa proporção entre os três volumes que compõem a carroceria. A traseira é a parte mais conservadora. As lanternas são grandes, verticais, e guardam dois elementos circulares com as luzes de freio e de ré. No centro, abaixo do gravata da Chevrolet, uma grande moldura horizontal cromada delimita e ilumina a área da placa.

O interior tem espaço satisfatório para até cinco pessoas - claro que quatro ficam mais à vontade. O motorista tem boa posição para dirigir: a direção tem regulagem de altura e profundidade, os bancos são confortáveis e com bons apoios laterais. Largas, as colunas A atrapalham um pouco a visibilidade.
O painel do Sonic é similar ao do Chevrolet Spark. A distribuição dos instrumentos lembra a de uma moto: há um grande conta-giros analógico do lado esquerdo e uma pequena tela digital à direita, com o restante dos mostradores - velocímetro, indicador do nível de combustível, hodômetro e computador de bordo.

Na traseira, há bom espaço para pernas e cabeça. O porta-malas, com 466 litros de capacidade, fica a meio caminho na comparação com o de sedãs do mesmo porte - novos Fiesta e City têm, respectivamente, 440 e 504 litros.

Plásticos rígidos e brilhantes e uma ou outra imperfeição nos encaixes entre partes mostram uma construção que poderia ter sido mais bem cuidada. Mas um ponto muito positivo do carro é o isolamento acústico do habitáculo. De acordo com a Chevrolet, as portas contam com material de isolamento especial nas portas e as janelas abrigam vidros mais grossos que o convencional, em média com 3,3 mm - os dianteiros têm 4 mm, apesar de os traseiros terem apenas 3,2. O para-brisa também é mais parrudo, com 5 mm de espessura. Ao menos no México, as versões topo de linha terão um bom nível de equipamentos, com rodas de liga leve aro 16, ABS e sistema de som com viva-voz Bluetooth.

Para mover a novidade, há várias possibilidades. Nos EUA, há o motor 1.4 turbo com 140 cv e 1.8 aspirado com 138 cv. No México, o Sonic contará com motor diferenciado, 1.6, com 115 cv. Quanto ao câmbio, serão duas opções: um manual de cinco marchas e um automático sequencial de seis - este presente na versão avaliada.

Ainda que administrado por uma caixa de seis velocidades, o motor aparentou falta de disposição. Na cidade, o Sonic se mostrou um tanto apático. Como o trajeto do test-drive não contemplou um trecho rodoviário sequer, tivemos de nos contentar em dirigir em meio ao trânsito pesado de Guadalajara. A suspensão tem regulagem mais dura do que o visual refinado da carroceria sugere. A direção com assistência elétrica proporciona respostas lentas e artificiais.



VEREDICTO 
O Sonic tem como desafio seduzir o consumidor americano e tentar convencê-lo a pensar pequeno, coisa que a própria GM só começou a fazer com ele. Sua carinha bonita deve ajudar, assim como sua frugalidade diante da bomba de combustível.



Motor: dianteiro, transversal, 4 cil., 16 V
Cilindrada: 1 598 cm3
Diâmetro x curso: 79 x 81,5 mm
Taxa de compressão: 10,8:1
Potência: 115 cv
Torque: 15,8 mkgf
Câmbio: automático sequencial, 6 marchas, tração dianteira
Carroceria: sedã, 4 portas, 5 lugares
Dimenssões: largura, 174 cm; comprimento, 440 cm; altura, 152 cm; entre-eixos, 253 cm
Porta-malas/caçamba: 466 litros
Tanque: 46 litros
Suspensão dianteira: McPherson
Suspensão traseira: eixo de torção
Freios: discos ventilados, (diant.) e tambores (tras.)
Direção: assistência elétrica
Pneus: 205/55 R16
Equipamentos: ar-condicionado, direção elétrica, travas, vidros e retrovisores elétricos, ABS, airbag duplo, som

ir para Sonic - ed. 8/2011

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