AMERICAR XK120 CLASSIC
RÉPLICA REVIVIDA DO JAGUAR XK 120 GANHA NOVO MOTOR FLEX
"Aí,
sim!” Seria difícil ouvir frases como essa em qualquer carro atual. Primeiro,
porque a maior parte deles é fechada. Segundo, porque o estilo dos automóveis,
por questões de segurança e aerodinâmica, tem se tornado cada vez mais igual.
Essas são duas características que não se pode atribuir ao Americar XK120
Classic, a réplica do mítico Jaguar XK 120 fabricada pela Americar, de Santo
André, em São Paulo. Agora em versão flex.
Foi-se o tempo em que ele recebia só a mecânica dos Chevrolet Omega ou Opala. O motor de seis cilindros e 4,1 litros, com 168 cv, foi substituído pelo 2.0 GM, com dois cilindros a menos. O mesmo usado nos atuais Vectra, Vectra GT, Astra e Zafira. A potência fica em 142 cv, em motores só a gasolina, e 148 cv, com álcool na opção flex. “Para equipar nossas réplicas com a mecânica do Omega ou do Opala, comprávamos carros inteiros para fazer o transplante da mecânica. Isso facilita a construção porque não é preciso correr atrás das peças”, disse Cleber Jean Araújo Lopes, 40, diretor da Americar. “Os donos querem um carro confiável, de mecânica simples, nova, que eles possam curtir com frequência. Os Jaguar clássicos, apesar de lindos, dão muitos problemas.” Existe a opção de usar também o motor 2.4, mas Lopes não a recomenda: “Além de o ganho ser pequeno, o motor 2.4 é muito mais caro que o 2.0”, disse ele.
Com o novo trem de força, o XK120 Classic mantém o preço do modelo antigo: custa a partir de 99 500 reais, valor que aumenta com rodas raiadas (9 000 reais) e ar-condicionado (4 500 reais). Caro? Se você pensar que só são entregues duas unidades por mês, que cada uma leva de cinco a seis meses para ser fabricada, artesanalmente, e que não há mais de 60 deles rodando por aí, o preço vai parecer razoável.
A sensação de bom preço se reforça pelo acabamento dado aos Classic. O painel e o volante são de madeira (rádica média), fiéis aos originais (só os mostradores são modernos), o interior é revestido de couro (inclusive a capa do freio de mão) e a fibra é tão lisa quanto uma peça artesanal pode ser. Um indicador da qualidade de construção do carro é o fechamento das portas, que acontece de modo suave, com um clique, como em modelos de alto luxo.
O Jaguar original tinha um seis cilindros de 3,4 litros que gerava 162 cv e o levava a 193 km/h, ou 120 milhas por hora (daí o nome do carro). O Classic, com 1 100 kg (o original pesava 1 270 kg), chega à máxima de 200 km/h, ainda que essa não seja a melhor escolha. A suspensão traseira, de eixo rígido, herdada da picape S10, que também emprestou ao carro o câmbio Eaton, atua como limitador. Podia ser pior: o XK 120 original tinha eixo rígido e suspensão por feixe de molas, com freios a tambor nas quatro rodas. Os do Americar usam discos.
A réplica também é maior: 4,40 metros de comprimento (ante 4,39 metros do original), 1,50 metro de altura (1,33) e 1,70 metro de largura (1,52). Artesanal, ela pode ser feita sob medida. Na que avaliamos, a direção hidráulica era muito leve e os pedais de acelerador e freio estavam altos e próximos demais, itens que podem ser alterados.
Apesar de comprometido com o modelo original, o XK120 Classic faz algumas concessões à segurança. Poucas. Além dos freios, os cintos são de três pontos e retráteis. É só. Não há santantônio. Mais que um carro, o Americar XK120 Classic é um brinquedo. Ele anda rápido, mas não foi feito para isso. Sua intenção é agradar quem quer dirigir sem capota em dias de sol para ouvir a confirmação do que se sente ao volante. Aí, sim.
Foi-se o tempo em que ele recebia só a mecânica dos Chevrolet Omega ou Opala. O motor de seis cilindros e 4,1 litros, com 168 cv, foi substituído pelo 2.0 GM, com dois cilindros a menos. O mesmo usado nos atuais Vectra, Vectra GT, Astra e Zafira. A potência fica em 142 cv, em motores só a gasolina, e 148 cv, com álcool na opção flex. “Para equipar nossas réplicas com a mecânica do Omega ou do Opala, comprávamos carros inteiros para fazer o transplante da mecânica. Isso facilita a construção porque não é preciso correr atrás das peças”, disse Cleber Jean Araújo Lopes, 40, diretor da Americar. “Os donos querem um carro confiável, de mecânica simples, nova, que eles possam curtir com frequência. Os Jaguar clássicos, apesar de lindos, dão muitos problemas.” Existe a opção de usar também o motor 2.4, mas Lopes não a recomenda: “Além de o ganho ser pequeno, o motor 2.4 é muito mais caro que o 2.0”, disse ele.
Com o novo trem de força, o XK120 Classic mantém o preço do modelo antigo: custa a partir de 99 500 reais, valor que aumenta com rodas raiadas (9 000 reais) e ar-condicionado (4 500 reais). Caro? Se você pensar que só são entregues duas unidades por mês, que cada uma leva de cinco a seis meses para ser fabricada, artesanalmente, e que não há mais de 60 deles rodando por aí, o preço vai parecer razoável.
A sensação de bom preço se reforça pelo acabamento dado aos Classic. O painel e o volante são de madeira (rádica média), fiéis aos originais (só os mostradores são modernos), o interior é revestido de couro (inclusive a capa do freio de mão) e a fibra é tão lisa quanto uma peça artesanal pode ser. Um indicador da qualidade de construção do carro é o fechamento das portas, que acontece de modo suave, com um clique, como em modelos de alto luxo.
O Jaguar original tinha um seis cilindros de 3,4 litros que gerava 162 cv e o levava a 193 km/h, ou 120 milhas por hora (daí o nome do carro). O Classic, com 1 100 kg (o original pesava 1 270 kg), chega à máxima de 200 km/h, ainda que essa não seja a melhor escolha. A suspensão traseira, de eixo rígido, herdada da picape S10, que também emprestou ao carro o câmbio Eaton, atua como limitador. Podia ser pior: o XK 120 original tinha eixo rígido e suspensão por feixe de molas, com freios a tambor nas quatro rodas. Os do Americar usam discos.
A réplica também é maior: 4,40 metros de comprimento (ante 4,39 metros do original), 1,50 metro de altura (1,33) e 1,70 metro de largura (1,52). Artesanal, ela pode ser feita sob medida. Na que avaliamos, a direção hidráulica era muito leve e os pedais de acelerador e freio estavam altos e próximos demais, itens que podem ser alterados.
Apesar de comprometido com o modelo original, o XK120 Classic faz algumas concessões à segurança. Poucas. Além dos freios, os cintos são de três pontos e retráteis. É só. Não há santantônio. Mais que um carro, o Americar XK120 Classic é um brinquedo. Ele anda rápido, mas não foi feito para isso. Sua intenção é agradar quem quer dirigir sem capota em dias de sol para ouvir a confirmação do que se sente ao volante. Aí, sim.
VEREDICTO
Exclusivo e bem feito, o Americar XK120 Classic foi feito para curtir a paisagem em passeios sem pressa.
Motor: dianteiro, longitudinal, 4
cilindros, 8V
Cilindrada: 1 998 cm3
Potência: 148/142 cv
Torque: 19,7/18,9 mkgf
Câmbio: manual, 5 marchas, tração traseira
Dimensões: comprimento, 440 cm; largura, 170 cm; altura, 150 cm
Peso: 1 100 kg
Equipamentos: cintos de 3 pontos, soleiras de aço escovado
Cilindrada: 1 998 cm3
Potência: 148/142 cv
Torque: 19,7/18,9 mkgf
Câmbio: manual, 5 marchas, tração traseira
Dimensões: comprimento, 440 cm; largura, 170 cm; altura, 150 cm
Peso: 1 100 kg
Equipamentos: cintos de 3 pontos, soleiras de aço escovado
Fotos
Nenhum comentário:
Postar um comentário